Tipo de Estudo
Síntese de Evidência
Objetivo da Pesquisa
Analisar as evidências científicas sobre as propriedades medicinais da planta Passiflora ligularis (conhecida como maracujá-doce ou granadilla) e avaliar seu potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos.
Problema/Lacuna que Soluciona
Tratamentos convencionais para doenças crônicas podem ter efeitos colaterais e perder eficácia. Este estudo busca em uma fonte natural, a Passiflora ligularis, uma planta medicinal popular, evidências científicas que possam levar a terapias alternativas mais seguras e eficazes, preenchendo a lacuna entre o uso popular e a validação científica.
Método
Foi realizada uma busca sistemática em quatro bases de dados científicas (PubMed, Scopus, Embase, Web of Science) por artigos experimentais sobre as propriedades farmacológicas da Passiflora ligularis. Dois pesquisadores selecionaram os estudos com base em critérios de inclusão e exclusão. No total, 14 artigos foram analisados para extrair dados sobre os métodos, compostos químicos e resultados.
Público-Alvo
Revisão de 14 estudos experimentais, incluindo pesquisas in vitro (em laboratório) e em modelos animais (ratos Wistar e camundongos Swiss ICR).
Categoria: Dados Secundários
Abrangência Geográfica do Estudo
Nível: Global (Síntese)
Local: A revisão não limitou a busca por geografia. A planta Passiflora ligularis é distribuída do México à Bolívia, com importância econômica na Colômbia e no Brasil.
Principal Resultado
A revisão de 14 estudos confirmou que extratos de Passiflora ligularis (frutos, folhas, cascas) possuem forte atividade antioxidante, antimicrobiana, hipoglicemiante (redução de açúcar no sangue) e neuroprotetora. Estudos em animais mostraram eficácia na redução da glicose, controle do metabolismo de gorduras e proteção do fígado e rins, indicando um amplo potencial terapêutico para doenças como diabetes e síndrome metabólica.
Contribuição para Saúde Pública/SUS
A Passiflora ligularis, planta encontrada no Brasil, pode se tornar uma fonte de baixo custo para o desenvolvimento de fitoterápicos ou novos medicamentos. Seu potencial para controlar a glicemia e o metabolismo de lipídios pode auxiliar no manejo de doenças crônicas de alta prevalência no SUS, como diabetes e síndrome metabólica, oferecendo uma alternativa terapêutica complementar.
Estágio da Pesquisa
Síntese de Evidência
Possíveis Aplicações
Desenvolvimento de um fitoterápico ou produto farmacêutico a partir dos extratos de folhas ou frutos da P. ligularis para auxiliar no controle da glicemia e dos níveis de colesterol e triglicerídeos. Os estudos indicam que a planta inibe enzimas digestivas e possui efeito hipoglicemiante, podendo ser usada como tratamento complementar para diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.
Utilização dos compostos ativos da P. ligularis em formulações farmacêuticas avançadas, como nanopartículas. Essas tecnologias, já testadas em estudos preliminares, podem aumentar a eficácia e a absorção dos princípios ativos, melhorando o efeito hipoglicemiante e neuroprotetor e superando limitações dos extratos brutos.
Abrangência da Aplicação
Nacional
As doenças alvo, como diabetes e síndrome metabólica, são problemas de saúde pública em todo o Brasil. A planta Passiflora ligularis é encontrada em diversas regiões do continente, o que poderia facilitar o cultivo e a produção em escala nacional.
Cenário de Aplicação
Atenção Primária (UBS)
Recomendações para o Sistema de Saúde
Necessidade de Pesquisa FuturaO artigo não faz uma recomendação direta para mudança de política ou prática clínica imediata. A principal recomendação é a necessidade de mais pesquisa, especificamente a realização de ensaios clínicos em humanos para validar a segurança e eficácia da P. ligularis antes de sua aplicação no sistema de saúde.
Limitações e Próximos Passos
Limitações
A principal limitação é a falta de estudos clínicos em humanos para comprovar a segurança e a eficácia da planta. A maioria das pesquisas é in vitro ou em animais, e há poucos estudos desenvolvendo tecnologias farmacêuticas (como nanoformulações) para melhorar a aplicação dos extratos.
Próximos Passos
Os autores recomendam a realização de estudos clínicos em humanos para validar os benefícios terapêuticos da P. ligularis. Também sugerem priorizar o desenvolvimento de sistemas de liberação de fármacos (como nanopartículas) para otimizar os efeitos dos extratos da planta e viabilizar seu uso em tratamentos.
Principais Interessados
Grupos de Aplicação
- •Gestores do SUS (nível federal, estadual e municipal) interessados em fitoterapia e novas abordagens para doenças crônicas.
- •Profissionais da Atenção Primária à Saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos) que manejam pacientes com diabetes e síndrome metabólica.
- •Pesquisadores da área de farmacologia, produtos naturais e nanotecnologia.
- •Indústria farmacêutica e de fitoterápicos.
Financiadores Atuais
- •Programa de becas de excelencia doctoral del bicentenario cohorte I-2019 (Colômbia)
- •Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES)
- •Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Financiadores Sugeridos
- •Ministério da Saúde (via Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos - DAF/SCTIE, e Decit/SCTIE para pesquisas)
- •Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) estaduais
- •Farmanguinhos/Fiocruz
Benefício Já Gerado
Status: Não
Ainda não gerou impacto prático. A pesquisa está em estágio pré-clínico (laboratório e animais), sem aplicação em serviços de saúde ou pacientes até o momento.
